Banco Mundial propõe certificação de qualidade a outros sectores da cadeia de valor do turismo

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O consultor do Banco Mundial António Baptista propôs hoje que outros sectores da cadeia de valor do turismo devem seguir a linha de certificação de qualidade adoptados pelos Pequenos Alojamentos Turísticos (PAT).

A recomendação foi feita por este responsável, à margem da cerimónia de entrega oficial dos primeiros certificados aos Pequenos Alojamentos Turísticos (PAT), enquadrada no projecto de Competitividade para o Desenvolvimento do Turismo, financiado pelo Banco Mundial.

António Baptista parabenizou o Instituto da Gestão da Qualidade e Propriedade Intelectual (IGQPI) e o Ministério Turismo e Transportes pelo esforço e pela forma “desafiante” como conseguiram implementar o programa perante o contexto pandémico da covid-19.

“Julgo que houve todo o desafio de desenho do programa que conseguiu bastante tempo e recursos, ultrapassada essa fase arrebentou a pandemia que dificultou toda a parte de implementação do programa, mas que mesmo assim ao fim de um ano de implementação conseguiu prestar assistência a 46 estabelecimentos, sendo que 30 estão a avançar para o processo de certificação e 5 receberam hoje os certificados”, apontou

Segundo o consultor, o investimento na qualidade dos pequenos alojamentos é uma peça do puzzle de uma estratégia que almejamos que se amplie a outros sectores da cadeia de valor turístico, e na qual outros produtos e serviços devem seguir essa linha em termos de certificação de qualidade.

“Este é um desafio que o Banco Mundial vai apoiar no quadro do programa operacional do turismo onde a questão do envolvimento da cadeia de valor local e de empresas locais em termos de fornecimento de bens e serviços vai continuar a ser uma aposta”, sustentou.

Outro desafio é ampliar o programa para todas as ilhas com a auditoria e assistência técnica aos estabelecimentos, de modo a abarcar mais os pequenos alojamentos turísticos, incluir a questão da sustentabilidade energética e reutilização de recursos e trabalhar o ‘branding’ com a ligação ao mercado dos pequenos alojamentos.

Por outro lado, realçou a necessidade de se envolver as câmaras de comércio e o sector privado para criar as condições para todos os tipos de certificações e para que as empresas possam completar esses serviços de auditoria e certificação em outras cadeias de valores com custos mais reduzidos.

Por seu turno, a presidente do conselho directivo do Instituto de Gestão da Qualidade e da Propriedade Intelectual (IGQPI), Ana Paula Spencer, realçou a necessidade de todos trabalharem em conjunto para que a certificação de produtos, processos e serviços seja adoptado à realidade nacional e acessível a todas as empresas e operadores económicos que pretendem investir na qualidade.

Considerou que a certificação é a via pela qual as empresas, serviços e entidades conseguem mostrar que os seus sistemas de gestão, produtos, processo e serviços estão assentes em normativos nacionais e internacionais conferindo assim maior credibilidade e transmitindo maior confiança e segurança aos consumidores na sua utilização.

À margem foi assinado um protocolo de cooperação entre o Instituto de Gestão da Qualidade e da Propriedade Intelectual e o Núcleo Operacional da Sociedade de Informação (NOSI) que visa fortalecer a colaboração institucional que vem sendo desenvolvida através de projectos associados e digitalização do processo e serviços.

O programa de certificação de pequenos alojamentos turísticos esta enquadrado no projecto de Competitividade para o Desenvolvimento do Turismo, financiado pelo Banco Mundial, sob coordenação do IGQPI, em “estreita colaboração” com o Instituto de Turismo de Cabo Verde (ITCV).

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