Fogo: Construção do Edifício Cosec Hotel encaixa-se na visão que o Governo tem para a ilha

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O edifício Cosec Hotel cuja primeira fase foi inaugurada sábado, 06, encaixa-se na visão que o Governo tem para a ilha do Fogo e que passa pela criação da Zona Económica Especial com epicentro no vulcão.

Esta afirmação foi proferida pelo vice-primeiro-ministro (VPM) e ministro das Finanças, Olavo Correia, no acto da inauguração da primeira fase do edifício Cosec Hotel na cidade de Cova Figueira, município de Santa Catarina do Fogo, do empresário e promotor André Fonseca.

A Zona Económica Especial com epicentro no vulcão tem de ter uma grande aposta no turismo ligado ao ambiente, natureza, de alto valor acrescentado e capaz de criar oportunidades para os diversos sectores de actividades económicas como construção civil, imobiliária, indústrias criativas e todas as actividades ligadas à economia digital e outras conexas, referiu Olavo Correia.

Este destacou que a ilha tem grande potencial na agricultura na lógica de transformação agroindustrial, defendendo por isso que é “muito importante” criar as condições para que o conceito da Zona Económica Especial crie um conjunto de incentivos e instrumentos jurídico-legais que garantam condições para atrair investidores e investimentos para transformar verdadeiramente a ilha do Fogo numa Zona Económica Especial voltada para o turismo, agroindústria, indústrias criativas de valor acrescentando, economia digital, investimento de turismo residencial.

Para o VPM, a construção deste empreendimento na cidade de Cova Figueira representa um acto de confiança da parte do empresário no seu município, ilha e Cabo Verde, assim como de muitos outros empresários que têm estado a fazer uma luta titânica para que Cabo Verde possa estar de pé e fazendo a economia crescer.

O empresário André Fonseca “Tony”, no dizer de Olavo Correia foi “corajoso, audaz, criativo, inovador e trabalhador ao decidir comprar riscos e investir na ilha do Fogo”, acrescentando que graças à persistência, insistência, resiliência, foco e determinação do empresário inaugurou-se a primeira fase desta obra que é de qualidade em Santa Catarina, na ilha do Fogo, em Cabo Verde e em qualquer parte.

“O empresário pode contar com o Governo e com o meu comprometimento pessoal para que depois de começar a explorar e fazer funcionar esta primeira fase criar as condições para o mais cedo possível avançar para a segunda fase, passando dos seis quartos para os 36 e concluir o projecto”, assegurou o VPM, sublinhando que o compromisso do Governo é para que o projecto vá até ao fim.

O governante disse que ele próprio recomendou ao empresário que não era racional fazer um investimento desta envergadura no mercado muito incerto e inseguro de uma só vez, observando que é “preferível pensar e sonhar grande, mas implementar de forma faseada para gerir risco de melhor forma possível”, sublinhando que o empresário tomou uma decisão inteligente de implementar o projecto de forma faseada, mas que quanto mais cedo concluir melhor para todos.

Olavo Correia salientou que o desenvolvimento não se consegue através das redes sociais ou de discursos, mas através de visão e de investimentos públicos e, particularmente, privados e que investimentos público-privados de grande porte, estruturante, sonhador e audaz como do empresário André Fonseca é que permite dar um salto em relação ao desenvolvimento da ilha.

Por isso recomendou a todas as instituições públicas para trabalharem no sentido de criar o melhor ambiente possível de negócio para que o investidor possa investir, apelando para evitar a criação de dificuldades e burocracias que impeçam os empresários de investir.

É nesta óptica, explicou, que desafiou os presidentes das câmaras no sentido de se criar uma agência regional de promoção de investimentos que trabalhe em parceria com instituições governamentais para atrair investimentos privados nacionais e da diáspora, mas também estrangeiros para investir nas diferentes áreas que a ilha tem potencialidade.

O promotor deste empreendimento hoteleiro, André Fonseca disse no acto que o projecto representa um sonho e ambição de servir o seu município e a sua ilha, sublinhando que este investimento surgiu para colmatar a falta de espaço para alojamento na cidade de Cova Figueira, mas também para instalação com dignidade de algumas instituições.

A primeira fase do edifício comporta seis quartos, três áreas comerciais grandes, salão e restaurante, piscina e área envolvente, instalações sanitárias e quiosques, mas no total terá 36 quartos, e representa um investimento que ronda os 90 mil contos.

O presidente da câmara de Santa Catarina do Fogo, Alberto Nunes, considerou o investimento de “extrema importância” para o município e para a ilha, tendo parabenizado o empresário pela visão e coragem em investir neste sector.

Na sua intervenção Alberto Nunes destacou a necessidade do investimento público do Governo, na conclusão da estrada circular do Fogo, nomeadamente do troço entre Patim (São Filipe) e a Cidade de Cova Figueira, capital do município de Santa Catarina, e desta para os Mosteiros, mas também a resolução da problemática da energia eléctrica criando condições para mais investimentos no sector do turismo e noutros.

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