Ambiente é setor de “grandes oportunidades” em Cabo Verde

O diretor nacional do Ambiente de Cabo Verde

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Alexandre Nevsky, defendeu que o ambiente é um setor de “grandes oportunidades” em Cabo Verde, nomeadamente nas energias renováveis, saneamento e informação ambiental aos cidadãos.

“É um setor de grandes oportunidades, ainda é virgem. Ainda há poucos investimentos nesta área em Cabo Verde e há oportunidades enormes para investir”, disse Alexandre Nevsky Rodrigues.

O diretor nacional do Ambiente de Cabo Verde falava à agência Lusa à margem do seminário “Portugal-Cabo Verde: Uma Parceria para o Ambiente”, a decorrer na cidade da Praia, com a participação de cerca de dezena e meia de empresas portuguesas que operam no setor ambiental.

“As energias renováveis são um mercado enorme, a questão do saneamento, quer seja das águas residuais quer dos resíduos sólidos, é um mercado enorme para a entrada de privados”, indicou Alexandre Nevsky.

O diretor nacional do Ambiente apontou também o grande campo de crescimento na melhoria da produção de informação ambiental a fornecer aos cidadãos, área em que se tem destacado a empresa portuguesa ESRI, há quatro anos a funcionar em Cabo Verde.

Alexandre Nevsky destacou ainda o grande potencial na gestão de setores das 42 áreas protegidas de Cabo Verde, “nichos de negócios” que, segundo disse, até ao momento não conseguiram atrair o interesse de investidores privados.

“Temos 42 áreas protegidas e na ilha do Sal, Boavista, Fogo, Santiago, Santo Antão e São Vicente. Temos planos de gestão, planos de ecoturismo e planos de negócios elaborados”, disse.

Para o diretor nacional do Ambiente, estas áreas “são viáveis economicamente, mas é preciso interesse dos investidores numa cogestão ou numa gestão de alguns setores”.

Gestão de trilhos turísticos, entrada e circulação de turistas, observação de espécies e marketing das próprias áreas protegidas são exemplos de setores que poderão ser geridos por privados.

“Queremos as áreas protegidas disponíveis para que haja parcerias com os privados para a gestão, mas a procura tem sido muito baixa”, disse.

Alexandre Nevsky assinalou que os “nichos emissores” de turistas ingleses, alemães e franceses já existem, mas não estão a ser aproveitados para o ecoturismo.

“O mercado já existe o que falta é o investimento e a associação ao privado”, sublinhou.

Por isso, adiantou, uma das ações previstas pela Direção Nacional do Ambiente é “procurar com mais afinco as parcerias privadas para a gestão das áreas protegidas”.

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