A arte em Cabo Verde é “bastante desvalorizada e desconhecida”

O artista plástico e fotógrafo cubano, residente há vários anos na Cidade da Praia, Omar Camilo, considerou que a arte em Cabo Verde é, ainda, “bastante desvalorizada e desconhecida”, principalmente a sua importância ética e social.

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A arte em Cabo Verde

Em declarações à Inforpress, Omar Camilo, que teceu “duras” críticas à “falta de investimento para a arte”, que considerou de “maior património” que a Nação tem, lembrou que disse-o há 15 anos, mas que até hoje “não viu nada a ser feito” para a valorização da arte.

Omar Camilo criticou o facto de a televisão nacional investir “muitas horas” em desporto e em outras áreas e nem “poucos segundos” em arte, alertando que tal situação é “muito perigosa”.

“Quantos segundos se investem em artes, atenção estou a separar a arte da cultura, tradição. A arte é universal e une toda língua, religião, credo ou raça”, sustentou.

Na opinião do também director de cinema e poeta, mesmo sendo o desporto “importante” para a disciplina da sociedade e do indivíduo, a arte também o é, pelo facto de corresponder à filosofia, ao saber e à espiritualidade do ser humano, por isso, afirma que “sem investimento” na arte o país “não vai chegar a lugar nenhum”.

O artista cubano residente em Cabo Verde fez o encerramento de uma exposição em homenagem a malograda artista plástica, Luísa Queirós, na sexta feira 11, no Palácio da Cultura Ildo Lobo, Cidade da Praia.

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