Produtores trabalham para manter queijo tradicional entre os melhores de África

Os produtores do queijo tradicional do Planalto Norte, no Porto Novo, em Santo Antão, querem que o produto que, há uma década, ostenta a chancela de património mundial do gosto, se mantenha entre os melhores do continente africano.

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Os produtores do queijo tradicional do Planalto Norte, no Porto Novo, em Santo Antão, querem que o produto que, há uma década, ostenta a chancela de património mundial do gosto, se mantenha entre os melhores do continente africano.

Em 2016, durante sua a presença na feira internacional do gosto de Turim (Itália), o queijo que se produz artesanalmente no Planalto Norte foi considerado o melhor queijo, proveniente da África, presente nesse certame, em que participaram 800 expositores, distribuídos por 160 países.

“Durante uma acção de experimentação de queijos presentes nesse certame, o nosso queijo ficou em primeiro lugar, em África. Todos gostaram da sua qualidade e do seu formato”, informou Irineu da Luz, representante dos produtores do queijo tradicional do Planalto Norte, produto que, a partir da próxima semana, estará presente em mais uma edição da feira internacional do gosto de Turim.

Segundo Irineu da Luz, a aposta dos criadores de gado do Planalto Norte tem sido no sentido de “melhorar, cada vez mais, a qualidade” deste queijo, para que se possa manter o estatuto de melhor em África e um dos melhores do mundo.

Os criadores de gado do Planalto Norte estão organizados através de uma cooperativa que, nos últimos anos, tem estado a receber apoios da cooperação italiana, visando a melhoria das condições de produção do queijo tradicional.

Além da formação em técnicas de produção de queijo, esses criadores têm sido ainda contemplados com kits de utensílios de produção do queijo e equipamentos de frio, além de rações para o gado.

O queijo tradicional do Planalto Norte do Porto Novo marca, entre os dias 15 e 20 deste mês de Setembro, a presença na décima edição da feira internacional do gosto de Turim, co-organizada pela Fundação Slow Food, pelo governo da região de Piemonte e pela prefeitura de Turim.

Este queijo, que tem, desde 2007, a chancela do património mundial do gosto, atribuída pela Fundação Slow Food (Itália), participa, pela quarta vez, nesse evento dedicado à cultura alimentar.

A presença do queijo tradicional do Planalto Norte na feira internacional do gosto de Turim tem sido uma montra para esse produto, segundo o representante dos produtores, que querem, também, trabalhar, com o Ministério da Agricultura e Ambiente (MAA) e com Autoridade Reguladora dos Produtos Farmacêuticos e Alimentares (ARFA) para a obtenção do certificado de qualidade deste produto.

Ainda no Planalto Norte do Porto Novo, já se produz, também, queijo curado, produto que já está a chegar ao mercado nacional, através do produtor António Lima e da cooperativa de produtores associados em rede de economia solidária de Santo Antão (PARES).

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