Governo aposta na retoma da TACV e no lançamento da plataforma área do Sal

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O ministro do Turismo e Transportes, Carlos Santos, disse ontem que o Governo está a trabalhar com eventuais parceiros para voltar a associar o crescimento e a retoma da companhia TACV ao lançamento da plataforma área do Sal.

Carlos Santos fez esta revelação durante a audição na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da TACV, que serviram para se debater os assuntos relacionados com os transportes aéreos domésticos e internacionais, tendo considerado que salvar a companhia de bandeira aliada à plataforma área afiguram-se como dois activos importantes no desenvolvimento do país.

O executivo, admitiu, insiste em trazer um parceiro para voltar a estratégia de 2019, isto é, a reprivatização da Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV) para poder trazer mercado, alegando que sozinho a empresa e o país não conseguem ir a lado nenhum.

Neste particular, Carlos Santos realçou que contactos estão sendo feitos para que companhias da costa ocidental africana, como a Air Senegal e a Air Côte d’Ivoire criem escala em Cabo Verde, no âmbito da concepção de uma aliança para voltar a pôr a companhia de bandeira a crescer de uma forma sustentável.

Ao defender a TACV como uma “peça importante” para toda a estratégia do desenvolvimento, baseada no conceito país plataforma, o governante, reconheceu, contudo, que “o sector está a passar por momentos difíceis, face à covid-19 com impactos bastante fortes no domínio dos transportes”.

“À semelhança do mundo inteiro, a pandemia condicionou todo o desenvolvimento nos últimos dois anos, mormente no caso de Cabo Verde, por causa da dependência da conectividade e dos transportes serem o instrumento determinante para o desenvolvimento do país”, clarificou.

O ministro considerou o transporte como um sector de capital intensivo, que exige muito investimento, frisou, contudo, que mesmo nesta situação e perante outras prioridades na área social, o executivo “voltou, uma vez mais, a salvar a companhia da bandeira, a TACV”, por ser uma “peça importante e determinante” para toda a estratégia do desenvolvimento baseada no conceito país plataforma.

Carlos Santos justificou esta tese em como as empresas de aviação estão praticamente condenadas a acrescer e que não podem contentar-se com pequenos nichos de mercado, caso contrário, sublinhou, estariam a ter problemas das receitas da venda não cobrirem os elevadíssimos custos fixos.

Salientou que regulação exige investimento e gastos, imprescindíveis para que a empresa transportadora consiga ter os requisitos mininos obrigatórios ao nível da regulação ou da Autoridade da Aviação Civil, razão pela qual, atestou, “fazer coincidir a criação do ‘hub’ do Sal com a internacionalização da TACV é uma política feliz, mas que não vem de agora”.

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