Cabo Verde quer segundo mandato como membro do Conselho Executivo da OMT

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Cabo Verde vai candidatar-se a um segundo mandato como membro do Conselho Executivo da Organização Mundial do Turismo para o período 2022-2025 e quer ser “apreciado” como modelo de desenvolvimento do turismo em África.

Esta ambição foi apresentada hoje pelo ministro do Turismo e Transportes, Carlos Santos, em entrevista à Inforpress a propósito da realização em Cabo Verde da 64ª reunião da Comissão Regional da OMT e da 2ª edição do Fórum Mundial sobre Investimento em África a ter lugar de 02 a 04 de Setembro, na ilha do Sal.

Cabo Verde cumpre um primeiro mandato que tem a vigência de 2018 a 2021, e Carlos Santos adiantou que o Governo tem estado a trabalhar com alguns países amigos e organizações amigas para mostrar que o país tem condições para continuar no Conselho Executivo da OMT.

“Fruto do trabalho que tivemos durante os três anos, entendemos que temos as condições para lançar uma recandidatura, obviamente que esse tipo de trabalho tem de ter um cunho diplomático muito forte para conseguirmos o objectivo que é sermos reeleitos. Nós temos estado a trabalhar, há mais de um ano, com os países amigos, com as organizações amigas a demonstrar que temos condições para continuar”, disse.

O governante considera que para Cabo Verde, sendo uma nação pequena, é importante estar nessas organizações no nível em que se encontra.

Para além do Conselho Executivo, Cabo Verde, que é membro da OMT desde 2001, pertence também à mesa de Assembleia-geral do organismo.

“Isto é muito bom porque dá uma mensagem de credibilidade país. E é fundamental isso, hoje em dia. Se nós não conseguirmos demonstrar aquilo que somos, ficamos para trás. E é com esse objectivo que nós estamos a posicionar-se nos organismos dessa envergadura. Como disse, estamos a mobilizar apoios e estamos crentes que os membros da OMT irão depositar a confiança em Cabo Verde para um segundo mandato”, disse.

O Conselho Executivo, órgão director da OMT, tem por principal missão assegurar o acompanhamento e realização das acções empreendidas por esta organização virada para o Turismo, fixar as orientações gerais, seguir a execução do programa bianual de trabalho e controlar o quadro orçamental.

É composto por 30 membros eleitos pela Assembleia-Geral, reúne-se pelo menos duas vezes por ano.

Os encontros da ilha do Sal vão ser aproveitados para a realização de novos contactos, tendo em vista a concretização dessa ambição, e também reforçar o papel de Cabo Verde dentro da organização para que o país possa ser apreciado como um modelo de turismo em África.

“Com todas nossas dificuldades acabamos por ter algum know-how que pode também ser transmitido à organização e aos países”, disse o ministro.

O momento será também aproveitado pelo Governo de Cabo Verde para assinar um protocolo com o secretário-geral da OMT, que visa densificar as relações desse organismo e permitir, designadamente, a candidatura de Cabo Verde para acolher um escritório da OMT em África.

Carlos adiantou igualmente que Cabo Verde está a negociar com a OMT a possibilidade de se criar uma antena da academia da OMT.

“OMT tem uma academia de formação e treinamento de colaboradores da área do Turismo e queremos que o Instituto Superior de Turismo e da Aeronáutica Civil que terá a sua sede na ilha do Sal, nos próximos anos, seja uma dessas antenas, reforçar a nossa oferta formativa da Escola de Hotelaria e Turismo. Portanto, esses são alguns daqueles ganhos que queremos extrair dessa boa relação com a OMT, mas também extrair no âmbito da realização desse evento”, realçou.

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