Cabo Verde precisa aperfeiçoar estratégia turística para tornar o sector sustentável

O economista Amílcar Monteiro

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afirmou que Cabo Verde tem de criar “políticas concertadas” e “aperfeiçoar a sua estratégia turística” para tornar o sector sustentável e com benefícios para as populações locais.

A ideia foi defendida pelo economista momentos antes de apresentar o painel “Desafios para o Turismo Sustentável em Cabo Verde”, á margem da conferência “Turismo Sustentável, uma ferramenta para o Desenvolvimento”, promovida pela Associação do Turismo, Género e Sustentabilidade em Cabo Verde & Diáspora, no âmbito do Dia Mundial do Turismo, assinalado quarta-feira, 27.

Amílcar Monteiro, que é também gestor da página turismo sustentável em Cabo Verde “thank thank”, disse que para Cabo Verde ter um turismo sustentável é necessário que haja políticas e decisões concertadas, mas também investimentos como aeroportos, estradas, telecomunicações e que permitam trazer retorno a sociedade em termos de qualidade de vida.

O responsável disse que não há um turismo sustentável se não houver políticas e decisões coordenadas e concertadas para que Cabo Verde siga o caminho do turismo sustentável.

No seu entender, para o tão desejado turismo sustentável o estado deve apostar também no   desenvolvimento da agricultura, das pescas, da indústria, dos transportes aéreos marítimos inter-ilhas, da logística sobretudo na integração do arquipélago.

O economista defende ainda a criação de uma cadeia de valores para o turismo nacional, para explorar e divulgar melhor, uma vez que poucas pessoas conhecem e sabem que para além de sol e praia, Cabo Verde oferece também turismo de montanhas, mergulho e entre outros.

“Neste momento temos uma realidade que é o turismo all inclusive com as cadeias de valor completamente integradas e que permitem a cerca de 600 mil turistas visitar o país para desfrutar da oferta de sol e praia”, disse o responsável que reconheceu também a necessidade de uma maior promoção do país lá fora.

Amílcar Monteiro avançou que o turismo contribui com cerca de 25 por cento (%) para o Produto Interno Bruto (PIB), que no seu entender com impacto positivo e benefícios a nível económico, mas defende que o sector não deve ser visto só nesta óptica, sendo que há outros factores essenciais que devem ser levados em conta e tratados, nomeadamente a questão ambiental.

Para que as ilhas do Sal e Boa Vista não correm o risco se serem procurados com destinos mais atractivos, deve haver uma harmonia entre o ambiente e a oferta turística.

Durante o encontro que reuniu empresários e profissionais do turismo do sector público e privado, foram debatidos ainda a temática, “Género no Turismo em Cabo Verde- Empoderamento Ou Submissão” e “Hotéis Sustentáveis “Boas Praticas”.

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