Associação de Turismo de Santiago aponta crise de pandemia e a guerra na Ucrânia como “efeito perturbador” no sector

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O presidente da Associação de Turismo de Santiago (ATS) apontou hoje a crise de pandemia e a guerra na Ucrânia como um “efeito perturbador” no sector do turismo em Cabo Verde, sobretudo nas ilhas em que o destino turístico não é consolidado.

Eugénio Inocêncio fez estas considerações em declarações à Inforpress, sublinhando que este efeito causado pelas essas duas crises vai ter “mais impacto” nas ilhas com menos destinos turísticos em relação às ilhas do Sal e Boavista, que, segundo diz, tem um nível de destino turístico “diferenciado das outras”.

“Com esta guerra, a inflação está a ter um efeito negativo muito perverso e a nível do custo para a produção nos hotéis, onde teve um aumento significativo. Antes, certas empresas deste sector estavam à espera para construir um hotel e restaurantes, e de repente com o aumento de custo de tudo, se torna um problema grave para avançar”, comentou o empresário.

Para além disso, o presidente da ATS assinalou também um outro desafio neste sector em relação à subida da inflação, o aumento dos preços nos produtos consumidos pelos turistas nos hotéis e restaurantes.

“Com o aumento dos preços dos produtos, sobretudo para as empresas que já estavam a funcionar, nomeadamente, os restaurantes e hotéis não conseguem repercutir nesses preços directamente para os turistas, senão os turistas fogem para outros destinos”, elucidou este responsável.

No entanto, destacou igualmente outro problema destas crises, a insegurança mundial que fez com que também muitos turistas adiaram as suas viagens por causa do receio daquilo que pode acontecer durante a viagem, sobretudo com as inseguranças pelo mundo.

Mesmo assim, Eugénio Inocêncio mostrou-se satisfeito com a disponibilidade dos empresários, particularmente da ilha de Santiago, em continuarem a lutar, sublinhando que estes empresários, mesmo durante essas crises, não desistiram.

O responsável frisou que isto é “muito importante” porque isso é a “maior garantia para o sucesso desta luta” que está a travar o mundo.

Por outro lado, Eugénio Inocêncio recordou que no ano passado todas as associações do turismo estiveram reunidas para discutir o papel das associações para o desenvolvimento do turismo e chegaram a conclusão de que todas as associações, de diferentes ilhas, devem apoiar todos os empreendimentos do sector turístico no sentido de alavancar durante a pandemia e agora com esta guerra.

“Esta oferta é um grande desafio que se opõe a nível de turismo de Cabo Verde”, disse, explicando que é uma requalificação da oferta num ambiente mundial cada vez “mais exigente” em termos de qualidade e experiências para o turista, que vai custar sair de crise de pandemia e crise da guerra na Ucrânia.

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