Abandono da fábrica de queijo preocupa criadores que defendem o aproveitamento da unidade

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queijo de Bolona

Os criadores de gado na zona Norte do Porto Novo, em Santo Antão, mostram-se, actualmente, preocupados com a “situação de abandono” em que se encontra a fábrica de queijo de Bolona, encerrada há seis anos.

Vários criadores de gado da zona Norte, onde se localiza essa fábrica, têm estado a defender o relançamento de unidade industrial, encerrada em 2011, por alegada “falta de viabilidade”.

“Devia-se aproveitar essa fábrica para produzir, além do queijo, outros produtos derivados do leite, como requeijão. É triste ver esse investimento ser desaproveitado”, sugeriu o criador Domingos Lima. A Associação de Criadores de Gado do Porto Novo tem estado, também, a demonstrar a sua preocupação em relação ao abandono dessa fábrica, defendendo a necessidade de se recuperar essa infra-estrutura e colocá-la ao serviço dos criadores de gado.

Desde o encerramento dessa unidade, a produção do queijo na zona Norte do Porto Novo tem vindo a ser assegurada por um grupo de 20 criadores, que tem sido apoiado pela cooperação italiana com formação, utensílios de produção do queijo, equipamentos de frio e ração para o gado.

A fábrica, instalada em 2002, no âmbito do projecto de valorização do gado caprino do Porto Novo, co-financiado pelos governos de Piemonte (Itália) e de Cabo Verde, tem capacidade para produzir, diariamente, 180 quilos de queijo, além de outros produtos, como requeijão.

Uma fonte ligada à essa fábrica avançou à Inforpress que a sua reabertura “não está descartada”, admitindo a possibilidade de essa unidade retomar, “no futuro”, o funcionamento, com a produção de iogurtes e outros derivados do leite.

Em caso de reabertura, essa unidade industrial apostará somente em “produtos que acompanham o queijo”, como iogurtes e requeijão, avançou a fonte, considerando que a produção do queijo na zona Norte do Porto Novo está garantida pelos criadores.

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