Queijo curado do Planalto Norte em vias de receber selo de qualidade

O queijo curado, que se produz no Planalto Norte do Porto Novo,

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Santo Antão, está em vias de receber o certificado de qualidade por parte da Fundação Slow Food, com sede em Itália, segundo o produtor António Lima.

A Fundação Slow Food, cuja delegação esteve, em Novembro, de visita a Santo Antão, atribui, em 2007, ao queijo tradicional do Planalto Norte do Porto Novo o selo de património mundial do gosto, podendo, dentro de pouco tempo, proceder à mesma distinção ao queijo curado, também produzido nessa localidade.

António Lima disse estar a trabalhar com a Fundação Slow Food com vista à certificação do queijo curado, que já está a ser exportado para algumas ilhas do arquipélago.

Este produtor já adquiriu novos equipamentos para a montagem de uma unidade de produção e pretende agora, além da obtenção de certificado de qualidade junto da fundação italiana, também expandir o mercado nacional.

A Fundação Slow Food, conjuntamente com a região italiana de Piemonte, tem sido um importante parceiro dos criadores de gado do Planalto Norte do Porto Novo, apoiando-os na melhoria da produção do queijo tradicional, feito de leite de cabra cru, galardoado, em 2017, com a medalha “Slow Cheese Award”.

Trata-se de um galardão concedido, desde 2011, pela Fundação Slow Food e pelo governo de Piemonte aos artesãos e pastores que rejeitam atalhos e continuam a produzir os seus produtos respeitando a sua naturalidade, tradições e sabores.

No âmbito da cooperação com esses dois parceiros, os criadores de gado do Planalto Norte já instalaram, na cidade do Porto Novo, uma unidade de produção de ração, que começa a funcionar agora em Janeiro.

Os produtores de queijo no Planalto Norte desejam, igualmente, trabalhar com o Ministério da Agricultura e Ambiente (MAA) e com a Autoridade Reguladora dos Produtos Farmacêuticos e Alimentares (ARFA), com vista a tão desejada certificação.

Para este ano, os produtores do queijo tradicional do Planalto traçaram como meta “consolidar os ganhos” que o produto tem granjeado, desde 2007, a nível internacional e criar condições para a sua exportação.

Os 30 produtores deste queijo, que tem vindo a marcar presença, todos os anos, na feira mundial do gosto, em Itália, estão reunidos numa cooperativa, criada em 2005, que, segundo o seu representante, Irineu da Luz, pretende melhorar ainda mais a qualidade do produto, com vista à sua afirmação a nível internacional.

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