Ilha do Sal: Salenses acolhem com satisfação regresso dos voos da companhia de bandeira

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As pessoas, no Sal, acolheram com satisfação o regresso dos voos dos TACV, augurando novos tempos para a companhia de bandeira, que devido aos seus altos e baixos tem provocado “muitos transtornos” ao cidadão cabo-verdiano.

Com a inauguração dos voos dos Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV), que aconteceu no domingo,06, marcando o regresso dos voos da companhia de bandeira, a maioria das pessoas abordadas pela Inforpress a propósito manifestaram satisfação pelo facto.

O primeiro voo comercial dos TACV, Praia/Lisboa, decolou-se às 08:15 de domingo, no novo Boeing 737-8, recentemente adquirido pela companhia aérea nacional, após a aeronave denominada Morabeza passar a dispor de autorização para operar nas ligações para a Europa.

Esse facto encheu os salenses de alegria, esperando, entretanto, que as tarifas, tanto a nível doméstico como internacional, sejam “compatíveis e harmoniosas” com os recursos financeiros dos cabo-verdianos, já que o custo das passagens, conforme sublinham, está muito além da capacidade da grande maioria do povo cabo-verdiano.

“Espero que a companhia se organize, seja célere, que preste um bom serviço, para que o slogan, o prazer de bem viajar, seja uma realidade sentida na vida dos cabo-verdianos”, desejou o pastor nazareno Luís Monteiro, para quem “há um fosso” entre o discurso dos governantes e a prática vivencial em relação aos transportes, tanto aéreo quanto marítimo.

Também, Júlio Rendall, ex-funcionário dos TACV, hoje na reforma, recebeu com agrado o regresso dos voos da companhia, onde trabalhou por largos e largos anos.

“Auguro que a companhia tenha sucessos, bons voos, para servir os nacionais e a comunidade cabo-verdiana na diáspora, porque temos passado por cabo das tormentas com a nossa companhia de bandeira… situações inadmissíveis”, comentou, almejando que tudo entre na normalidade.

Admitindo que gerir uma companhia aérea em Cabo Verde “nunca foi fácil”, a mesma fonte compreende, entretanto, que os TACV onde trabalhou, praticamente a vida inteira, tinham estabilidade e alto nível de segurança.

 

“Logicamente, com as nossas limitações, porque a frota era pequena, qualquer sobressalto criava problemas, mas tivemos sempre a capacidade de resolver os problemas, e voamos durante vários anos com estabilidade, servindo a nossa comunidade”, comentou, enfatizando que os TACV prestaram, ao longo dos anos, um “grande serviço” a Cabo Verde, seja a nível interno, com voos domésticos, seja a nível internacional.

Para Ana Silva, comerciante, que se tornou passageiro frequente da TAP, com a “queda” dos TACV, a retoma dos voos da companhia cabo-verdiana é uma “grande vitória”.

“TACV é dimeu…viajava só nos TACV. Vou voltar para a minha companhia, que para além da Europa, vai passar a voar também para os Estados Unidos e Brasil… é algo extraordinário. Que se mantenha a promessa”, manifestou, um tanto quanto duvidosa por entender que, financeiramente, a TACV “está um caos, atolada de dívidas, a funcionar com avales do Governo”, ponderou.

Tendo em conta a situação financeira dos TACV, uns e outros dizem cientes, porém, que a companhia de bandeira, não poderá, pelo menos nos próximos tempos, fazer concorrência à TAP, que pertence a uma aliança, operando num mercado extremamente competitivo.

“Voos para Cabo Verde estão a um preço exorbitante porque a TAP detém o monopólio actualmente. Voa diariamente para Cabo Verde, para Praia, São Vicente e Sal.… e tem o seu mercado já consolidado”, analisam, fazendo fé na “boa” administração e gestão da PCA, Sara Pires.

Compreendendo que concorrer com a TAP “não é fácil”, qualquer das formas esperam que os TACV regressem à normalidade, pratique tarifas acessíveis e faça a TAP repensar um pouco a sua política de preços praticados no destino Cabo Verde.

“E quem viaja com a TAP sabe, perfeitamente, que não presta um bom serviço na linha Cabo Verde”, rematou Alexandra Silva, desejando muitos sucessos à TACV.

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