Governo promete “colaboração estreita” com câmara e sociedade para dinamizar turismo

José Gonçalves assegurou, no Mindelo,

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que para dinamizar o turismo em São Vicente o Governo irá “colaborar estreitamente” com a câmara e a sociedade civil para “elevar ainda mais” o potencial turístico existente.

O ministro da Economia Marítima e do Turismo e Transportes discursava no salão nobre da Câmara Municipal de São Vicente, a convite do edil local, sobre “Turismo e economia marítima”, numa sessão evocativa do “13 de Janeiro”, Dia da Liberdade e da Democracia, que se celebra hoje.

Para José Gonçalves o “potencial turístico” de São Vicente está ligado à “singular criatividade” do povo de “Soncent”, como se referiu, em crioulo, à ilha do Porto Grande.

Por isso, anunciou, o Carnaval, o Festival da Baía das Gatas e o Kavala Fresk Feastival, como “exemplos emblemáticos”, serão apoiados para “potenciar a parceria estratégica” entre o Governo, a autarquia e a sociedade civil, “a bem do turismo” de São Vicente.

“Temos de ser criativos para encontrar parceiros e recursos para desenvolver outras modalidades”, precisou a mesma fonte, que nomeou, na ocasião, o turismo de negócios, náuticos, desportivos e “outros segmentos” ainda por explorar e desenvolver.

Nesta linha, José Gonçalves disse estar certo de que o terminal de cruzeiros de São Vicente, cuja construção “deverá arrancar ainda este ano”, será um “impulso enorme” para a “colocação decisiva” de Cabo Verde no circuito desta modalidade de turismo na Macaronésia.

O ministro considerou, igualmente, que com o terminal de cruzeiros o país vai “tirar vantagem” das três rotas potenciais do turismo de cruzeiros que poderão fazer escala em São Vicente, especificamente, apontou, e em Cabo Verde, em geral.

Ademais, sintetizou, o terminal não só irá criar condições de”maior segurança” para os turistas, que hoje, anotou, transitam entre pescado, contentores e máquinas pesadas, como ainda “libertar o Porto Grande” para outras indústrias ligadas è economia marítima e facilitar a criação da zona económica especial e de um centro de logística das pescas, separados da zona dos turistas.

Na ocasião, o governante anunciou ainda que os transportes marítimos inter-ilhas vão conhecer, este ano, uma “solução definitiva e sustentável”,  que será colocada ao serviço do turismo, devido ao nível de segurança, qualidade de serviços e conforto que diz o Governo pretender introduzir no sector.

Por fim, José Gonçalves referiu-se à implementação do novo Ministério da Economia Marítima, sediado em São Vicente, como o “primeiro exemplo” de um “ministério pleno” criado fora da capital, e que irá dar um “grande impulso” no desenvolvimento de toda a cadeia da economia marítima no país, mas com epicentro em São Vicente.

“O objectivo final é o desenvolvimento robusto do turismo em geral e do turismo ligado ao mar em particular”, concluiu o ministro.

A sessão foi aproveitada ainda para o presidente do conselho de administração da Enapor, Jorge Maurício, proceder à apresentação do projecto do terminal de cruzeiros projecto para o Porto Grande de São Vicente, avaliado em 28 milhões de euros.

Deste montante, o Governo já garantiu, segundo a mesma fonte, 35 por cento (%), cerca de 10 milhões de euros, donativo do governo  holandês, através da Orio, cabendo agora ao Governo de Cabo Verde completar o financiamento com um empréstimo de 55% a contrair junto da  OFID, um  fundo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), e de outros “pequenos  montantes”  que virão  expressos nos Orçamentos do Estado para 2018 e 2019.

O terminal de cruzeiros, cujas obras deverão arrancar ainda este ano, terá dois berços de atracação de 400 e 300/350 metros, respectivamente, uma profundidade máxima de 11 metros, e será servido por uma gare marítima para passageiros e uma vila turística junto à marginal, que terá lojas, free-shops, restaurantes, bares, pequenos museus e souvenirs.

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