Governo e edilidade querem que Museu da Tabanca dê rendimentos às famílias

O Governo e a edilidade santacarinense

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querem que o Museu de Tabanka, em Chã de Tanque (Santa Catarina) dê rendimento às famílias, através da promoção do turismo que se pretende criar dando mais dinamismo aquele espaço.

A intenção foi manifestada hoje pelo ministro Abraão Vicente e pelo presidente da Câmara Municipal de Santa Catarina, José Alves Fernandes, no acto da reabertura do Museu de Tabanca em Chã de Tanque, (ilha de Santiago) que esteve encerrado durante cerca de dois anos, depois da sua inauguração em 2010.

“Todas as estruturas museológicas de Cabo verde vão sofrer uma profunda remodelação e releitura, no sentido de a comunidade entender que os museus não são para o ministro e nem para Ministério, mas sim é para a comunidade”, sublinhou o ministro.

Nesse sentido, sustentou que agora vão trabalhar para que se crie uma dinâmica económica à sua volta (Museu de Tabanca), advogando que quando os turistas visitam este espaço, é preferível que seja a comunidade a servir comida, pequenos artesanatos e que sejam elas os guias turísticos.

Abraão Vicente apelou aos populares a educarem as crianças sobre a história de Tabanca, ajuntando ainda que não havia motivo para que o espaço ficasse fechado por tanto tempo.

Por seu turno, o edil José Alves Fernandes disse que a autarquia vai criar uma agenda cultural e “trazer uma nova dinâmica” para este museu, ora inaugurado para que as famílias desta comunidade possam ter rendimentos.

“Toda a equipa está empenhada, comprometida com um bom funcionamento e uma boa dinâmica deste espaço, criando actividades e com uma agenda própria envolvendo sempre a comunidade”, asseverou o autarca no seu discurso.

Em relação à Tabanca, assegurou que a edilidade tem uma política “clara” sobre a mesma e que nos próximos tempos vão investir fortemente, fazendo do Museu da Tabanca de núcleo central que vai reunir as Casas da Tabanca existentes, nomeadamente de Charco, Achada Leite, Palha Carga e de Ribeira em Cima à sua volta.

É que, segundo José Alves Fernandes pretendem criar uma rota de Tabanca no concelho, fazendo-a um “bom casamento” com o turismo”, para que os turistas além de visitarem o espaço encontrem também nele actuação de grupos e exposição de produtos.

O acto contou ainda com presença da representante da comissão da UNESCO e Embaixada de Portugal, equipa camarária e do presidente de Instituto do Património Cultural (IPC), Jair Fernandes e do grupo de Tabanca local e comunidade.

O Museu da Tabanca foi criado em 1999 e inaugurado em Fevereiro de 2000 pelo antigo primeiro-ministro de Cabo Verde, Carlos Veiga.

A sua criação foi fruto de uma interacção efectiva entre as estruturas governamentais ligadas à cultura, autoridades locais e sociedade civil do concelho, e respondeu ao objectivo de se criar um espaço para promover e dinamizar a vida cultural no Concelho de Santa Catarina, em particular, e no interior de Santiago, de uma forma geral.

Durante oito anos, o museu esteve instalado no edifício defronte a praça central de Assomada, mas a partir de Dezembro de 2008, este foi transferido para Chã de Tanque, pois, o edifício passou a acolher o Centro Cultural Norberto Tavares.

Entretanto, só em Junho de 2010 é que o museu abriu as portas em Chã de Tanque, na antiga Casa do Morgado, também conhecida por Quintalona.

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