Fogo: Aldeia turística e remodelação do aeródromo analisados no encontro entre presidente da câmara e ministro do Turismo

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A criação da aldeia turística de Campanas de Cima, no extremo norte do município, e remodelação completa da aerogare do aeródromo de São Filipe foram analisados pelo edil de São Filipe e o ministro do Turismo e Transportes.

Depois de um encontro de uma hora entre Nuías Silva e Carlos Santos, o titular da pasta do Turismo e Transportes disse que a criação da aldeia turística de Campanas de Cima é um projecto que visa requalificar aquela localidade para criar as condições para acolher bem os turistas, observando que o mesmo está estimado em cerca de 40 mil contos.

O investimento vai traduzir na requalificação urbana de Campanas de Cima, através de pintura das fachadas das casas, organização dos caminhos, preparação e formação das pessoas para serem transformados em agentes e operadores económicos, referiu Carlos Santos, indicando que no quadro do programa de valorização das aldeias turísticas, orçado em 900 mil contos prevê-se contemplar 18 aldeias em todo o país e nas ilhas com maior potencial turística da natureza.

A ilha do Fogo tem três aldeias turísticas rurais e depois de visitar, na quarta-feira a de Chã das Caldeiras, no município de Santa Catarina do Fogo, onde está em curso o projecto de electrificação, Carlos Santos prevê visitar, no sábado, 13, a futura aldeia turística de Campanas de Cima onde se pretende desenvolver um projecto em que o objectivo final é quase o de construção de uma espécie de um resort a céu aberto em que a população será envolvida neste processo.

Segundo o mesmo, a população será o principal actor, enquanto donos das pequenas unidades turísticas e de produção de modo a envolver-se cada vez mais na cadeia de valores que é o turismo, sublinhando que o projecto foi apresentado pela câmara municipal e está-se no processo de revisão para ter um conceito muito bem definido.

Além da questão da aldeia turística de Campanas de Cima, no encontro o autarca e o ministro passaram em revista o projecto do aeródromo de São Filipe que neste momento está a sofrer uma remodelação completa da aerogare, nomeadamente da área de check-in e check-out, salientando que está inscrito nos investimentos do Grupo Vinci a iluminação da pista, que, no dizer do mesmo, “é um projecto no qual o Governo está empenhado e vai fazer tudo que assim aconteça”.

Carlos Santos apontou ainda que o seu ministério acabou de sinalizar e mapear mais de 200 quilômetros de trilhas turísticas na ilha do Fogo, disponibilizando assim aos turistas que visitam a ilha trilhas bem sinalizadas. Acrescentou ainda que se vai avançar para a segunda fase que visa o restauro dos caminhos à semelhança do que aconteceu na ilha de Santiago e está a decorrer na de Santo Antão.

“Continuamos a olhar para o Fogo como uma ilha com potencial para turismo de natureza, cultural e de investigação científica que devemos acoplar ao produto maior que é o turismo de sol e praia de forma a ter um turismo cada vez mais resiliente (…) e desta forma ganhar espaços  e continuar a afirmar o destino Cabo Verde”, disse Carlos Santos, indicando que a ilha do Fogo com o seu majestoso vulcão vai trilhar o caminho porque, explicou o Governo juntamente com a câmara vai continuar a apostar e fazer os investimentos necessários.

Carlos Santos destacou outros investimentos do executivo como a asfaltagem das ruas, no sector da agricultura porque, segundo o mesmo, o Governo tem a perfeita noção de que só conseguirá melhorar o impacto positivo nas famílias e nas empresas se conseguir “linkar” outras actividades com o turismo, aproveitando a potencialidade que a ilha tem no domínio da agricultura, por exemplo, e preparar os agricultores para abastecerem mercados turísticos como de Sal e Boa Vista.

Por sua vez o presidente da câmara de São Filipe, Nuías Silva disse que discutiu todos os projectos com o ministro e que a sua equipa está a trabalhar e já enviou os projectos ligados ao sector ao Ministério do Turismo e espera poder continuar a contar com a parceria “profícua” do Governo no cofinanciamento das obras.

“A câmara tem uma visão, elabora os projectos e submete ao parceiro governo que no âmbito dos Fundos do Turismo e do Ambiente tem cofinanciado as obras”, disse.

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