A falência de Thomas Cook afecta as Ilhas da Macaronésia

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A falência da Thomas Cook não é de todo menos grave para Cabo Verde. De acordo com o Vice-Primeiro Ministro, Olavo Correia, disse que o governo espera que a falência do operador turístico mais antigo do mundo, tenha menor impacto possível no turismo do país, porque entende que precisamos de diversificar as nossas fontes emissoras de turistas para que possamos ser resilientes em relação aos choques em contexto de economia competitiva.

Para isso temos que desenvolver outros sectores de atividade económica, tais como o ambiente, a agricultura, entre outros para que o nosso turismo possa diversificar a oferta e apostar na competitividade e ser sustentável.

A queda da Thomas Cook vai ter algum impacto na economia cabo-verdiana porque o mercado aéreo para Sal, até ao 1º trimestre deste ano a Thomas Cook Scandinavia ocupava o 2º lugar do ranking das principais operadoras no aeroporto AIAC, passando agora para o 4º lugar, no primeiro semestre, ultrapassado pela TAP Air Portugal e a Cabo Verde Airlines.

Mesmo assim, obteve um acréscimo de 54,7% (+ 12.176 de passageiros), face ao período homólogo. A Thomas Cook movimentou no aeroporto internacional Amílcar Cabral no Sal, no 1º semestre deste ano 48.269 passageiros.

Portanto a queda da Thomas Cook pode afectar a meta do Governo em atingir um milhão de turistas em 2021, como também pode não afectar, tudo depende como for gerido este abalo e de quem vai compensar o mercado e qual a estratégia a aplicar. É natural que outros operadores agarrem o mercado, mas até lá a quota do mercado dos passageiros vai diminuir substancialmente no segundo semestre de 2019.

Só nas Ilhas Canárias a falência da Thomas Cook afeta a estabilidade no emprego de 13.500 trabalhadores que representam 10% dos funcionários do setor de hospitalidade nas ilhas, segundo o sindicato da UGT e 35 mil turistas foram afectados com esta falência e foi um duro golpe para o setor de turismo das Canárias, pois é o segundo operador turístico em número de turistas nas Ilhas, com um volume em torno de 25% do total de movimentos nas Ilhas Canárias.

Com a falência de Thomas Cook, a ilha da Madeira ficará com “um vazio prejudicial para Portugal”, de acordo com o diretor executivo da Associação de Promoção da Madeira, José Alberto Cardoso, que apela a urgência em tomar medidas e encontrar novos operadores, porque, caso contrário, os próximos meses serão difíceis.

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