Cores e sabores de África Lusófona na Feira Internacional de Turismo de Paris

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Terminou no dia 17 de Março a Feira Internacional de Turismo de Paris. Durante quatro dias, mais de 200 expositores abriram horizontes aos milhares de visitantes. Especialistas em viagens, transporte e alojamento não faltaram a esta 47a edição do evento. A marcar presença no certame esteve Cabo Verde, Moçambique e São Tomé e Príncipe.

Ao microfone da RFI, Jean-Pierre Bensaïd, cônsul honorário de São Tomé e Príncipe em Marselha, sublinhou a importância de participar nestes eventos, numa altura em que o turismo no arquipélago são-tomense tem vindo a aumentar.

O turismo de São Tomé e Príncipe está a desenvolver-se. Em 2023, recebemos 35.000 visitantes.

Vemos que em França, por exemplo, os turistas estão à procura de destinos novos, principalmente destinos de natureza, para caminhadas, para descoberta e igualmente para encontros com a população. Isso é o mais procurado pelos turistas.

Laura Decroix, coordenadora do turismo moçambicano em França explicou que um dos objectivos da participação é esclarecer os turistas sobre a situação de Cabo Delgado e, ao mesmo tempo, mostrar os produtos locais.

Aqui temos óleo de coco produzido em Inhambane pela Cooperativa Boa Gente, que trabalha com as comunidades, com parceiros locais, com senhoras, sobretudo, e ajudam as nossas produtoras a ter uma fonte de rendimento.

Também tenho fruta desidratada do Jogo, produzida na província de Inhambane. Café de Chimanimani, que é uma reserva entre Moçambique e Zimbabwe.

O famoso café da Gorongosa. 100% dos lucros da produção do café da Gorongosa apoiam projectos de meninas no Parque Nacional de Gorongosa. Temos o mel de Gorongosa, cuja venda também apoia na formação das meninas.

Depois, o sabão da Boa Gente e o sabão Mulher, de uma moçambicana que produz cosméticos especiais para pele negra e com produtos 100% moçambicanos.

Questionada sobre o possível afastamento dos turistas na sequência dos ataques terroristas em Cabo Delgado, Laura Decroix é peremptória:

Se calhar há esse medo. Mas é por isso que nós estamos aqui, para assegurar aos turistas que a situação em Cabo Delgado é localizada.

Estamos aqui para assegurar e explicar que podem ir para Moçambique. É um país seguro, com boas potencialidades. Não podem visitar o Norte, mas podem ir para todo o resto de Moçambique.

Saquina Faquir da agência de viagens moçambicana Link Fly veio à capital francesa à procura de ideias para aumentar a oferta aos moçambicanos que querem visitar Paris:

Queremos descobrir mais sobre a França, para além dos pontos turísticos famosos que toda a gente já sabe. Uma coisa interessante que descobri é que existe turismo para mobilidade condicionada. Isso é impressionante. Nós nunca trabalhamos com turismo para mobilidade condicionada.

Dalma Chirute abriu, à reportagem da RFI, as portas do Centro Internacional de Conferências Joaquim Chissano, em Maputo:

Temos a nossa sala multiusos que tem capacidade para 1.500 pessoas. Temos a nossa plenária que é de 750 pessoas e temos as outras salas de 80 a 180 pessoas. Espaços que podem acolher conferências, cooperativas, religiões, cooperativas e festas privadas e espectáculos.

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